segunda-feira, 6 de julho de 2009

Devas e robôs gigantes


Quando a gente começa a se abrir para esse admirável mundo novo que se esconde por trás do óbvio, se espanta com os sinais e em perceber as mensagens escondidas que sempre estiveram bem diante dos nossos narizes. Eu sempre gostei de ver filmes, desenhos e até propagandas com um ar crítico e, ao mesmo tempo, intuitivo. Já encontrei pérolas onde ninguém achou nada, e já encontrei bem pouco onde um monte de gente achou ouro.
Tenho me divertido muito com a leva de filmes que tenho tido a oportunidade de ver. A verdade é que meus compromissos me tomam muito tempo e tenho pouco espaço atualmente para ver todos os filmes que eu gostaria. Mas de alguns, não abro mão. Vi Trasnformers e eu, que já era fã, assinei a carteirinha e fiquei mais fã ainda. O segundo filme tem umas coisas legais que gostei de ver.

Uma delas foi uma comparação com os devas. Ou deuses antigos. Num momento de morte, um personagem se encontra com os "Primeiros", os ancestrais, os antepassados daqueles robôs gigantes que estavam ali quebrando tudo. Eram sete (coincidência? Inconsciente coletivo? Número kármico?) e surgem num ambiente familiar pra qualquer um que já fez viagens astrais para dimensões superiores. Sua forma e sua mensagem eram bem típicas de Devas ou antigos deuses. Eles avisam que certas coisas não podem ser conquistadas. Só podem ser ganhas. E isso requer merecimento. Lealdade, coragem e amor podem causar um sacrifício e é nessa hora que podemos saber a verdade sobre nós e sobre os que nos cercam. Até onde vamos por alguém que amamos? Até onde irão por nós? Até onde iremos por uma amizade?

Nos últimos dias, um evento me fez pensar sobre a porcaria da Língua Portuguesa. Escrevi uma coisa acreditando que entenderiam, mas entenderam outra. Pra mim, sinceramente, não fez muita diferença, porque a pessoa a quem se referia o e-mail desistiu por causa disso. Fiquei olhando quantas vezes eu insisti, contra todas as chances. E consegui. Fiquei olhando para o Sam, correndo no meio das explosões e fugindo dos robôs assassinos. Mesmo quando foi o fim da linha, quando sua última chance se transformou em pó, ele continuou. Acho que a gente só faz isso quando acredita muito. Ou quando ama muito. Abandonei muitas batalhas na vida. Mas nunca abandonei uma em que acreditasse. Acho que por isso estou aqui hoje...

Se quiser ler a crítica que fiz do filme, é só clicar aqui. E deixo você com uma lição que aprendi, sendo chamada de teimosa e maluca na maioria das vezes. Escolha suas batalhas. Mas quando escolher, escolha também ir até o fim e não aceitar outro resultado senão a vitória, mesmo que todas as chances estejam contra você, mesmo que o outro robô pareça muito maior, mesmo que o mundo pareça estar acabando. Se você escolheu essa batalha, ela deve valer a pena. No final, pelo menos você saberá que lutou a boa luta. Até o final!

Um comentário:

Nanael Soubaim disse...

Posso falar? Não vão me jogar pedras? Só fui ao cinema uma vez, há trinta e um anos... Mas para não dizer que minha alma vai vagar eternamente nos corredores dos cinemas, eu também tenho o hábito de enxergar arquétipos e teores psicológicos, até quando via Super Amigos. Nada nada cria, pois não existe; exceto a Mestra Nada, que tem moral pra chuchu. Os portais estão sendo reabertos e as idéias puras vão abarrotas as nossas criações mais uma vez. Palavra de ex-cético, ainda vão fazer com os cinéfilos o que Brida fez comigo.
Que mais dizer? Ninguém faz uma crítica como minha Amiga Eddie.