sábado, 25 de julho de 2009

De Volta às Terras Amazonenses

A Wicca sobre o Amazonas está inspirando um monte de gente não só a conhecer essa terra maravilhosa, mas a usar sua energia para ajudar os Devas e Deuses que lutam para preservá-la, junto com muitas pessoas corajosas. Tenho recebido um monte de e-mails de pessoas que se sentiram tocadas por esta edição e gostaria de dividir com você um pouco desse carinho. Ainda sonho com as imensas árvores, ainda viajo no vento e ainda mergulho no rio de espelhos com os botos rosas. Voltei em corpo, mas minha alma volta pra lá sempre que pode. Se você sente essa vontade de abraçar essa floresta, faça tudo para ir lá. Vale a pena! O Corvo Correio a seguir é de um grande leitor de escrita maravilhosa. Minhas resposta vem depois, junto com mais fotos e vídeos! Espero que gostem!

Veja o clipe que fiz lá embaixo, no finalzinho do blog!

CORVO CORREIO ELETRÔNICO

Hirê, amiga Eddie.

Antes de mais nada, afirmo que embora inusitada, a ausência das imagens habituais não foi sentida pelos leitores que se prezem. No lugar das belas paisagens britânicas, haviam os belos e quase infinitos jardins amazônicos; no lugar das belas donzelas medievais, tivemos duas belas damas serelepes cumprindo com suas obrigações missionárias.

Eu sei muito bem o que enfrentaste. Em Goiás é exactamente assim. As pessoas querem sair para se divertir fazendo as mesmas cousas quem fazem em casa, só que com status de ser em lugares badalados, cimentados, impermeabilizados e completamente alienados. Erva cidreira não vicia, então não pode ser boa, então é tratada como bebida de gente fraca. Ser ecológico é usar casacos de pele de bebê foca legítimo, nada de imitações de poliéster que levam séculos para se decompor.
Goiânia tem muitos jardins em suas muitas praças, mas o povo insiste em transformá-los em atalhos, para andar seis ou sete metros a menos. Afinal planta é só planta, não é bicho nem gente para ter sentimentos, tampouco alma. Serve, no máximo, para tempero de churrasco, daqueles que custam baratinho pelo manejo depredatório ao qual os bois de origem são submetidos. Bem, eu acabo sendo o fresco da história.

Felizmente para os manauaras, vocês foram de qualquer jeito e acabaram indo de primeira classe. Abriram portais que não vão mais se fechar e mentes que não cabem mais nos volumes anteriores. Manaus pode vislumbrar a possibilidade de voltar a ser o que era, mas agora como pólo intelectual e de serviços. O problema da mudança de atitude não é econômica, é de mentalidade, gente que não aceita abrir mão de saber tudo sobre o que faz, que não tolera a hipótese de que haja mais a se aprender e nutre ódios hepáticos contra quem aderir às mudanças. Aqui também é assim.
Vocês já mostraram o caminho e quem se comprometeu fará a sua parte, até porque não há mais tempo, logo o clima começa a esfriar e quem não estiver pronto vai sofrer muito. Quando voltarem, porque voltarão, encontrarão fluxos de energia bem mais harmônicos pelas ruas da cidade, saindo e entrando dos rios.

Quanto à tua indignação contra os resultados do Ah-nem!, compartilho dela. Eu já trabalhei em escola pública, sei que teus temores são fundados. Essa gente que não sabe a diferença entre "hiato" e "gaiato" um dia vai pegar um bisturi, fazer um corte e seja o que Deus quiser! Que ele ao menos saiba de que lado fica o fígado.
Conheço a política do empurrismo por dentro. Já disse um milhão de vezes e repito aqui: O mundo já está sendo dividido em duas castas, a dos pensantes e a dos ruminantes. Sem falsa modéstia, eu sei pensar. Quem não sabe, reclama do que é comum reclamar e elogia o que é comum elogiar. Se deita na rede dos programas assistencialistas e se contenta com a cela confortável e conveniente da mendicância institucionalizada. Outros ainda agridem os professores se não ganharem média cinco por terem escrito (ou desenhado) correctamente seus nomes nas provas. Já fiz um texto sobre o problema, mas acredito que ainda preciso de outros, porque o problema é bem maior do que tu podes imaginar.
Bem, nós os pensantes ficaremos com o ônus de guiar a massa ruminante para fora do buraco, seremos taxados de arrogantes, elitistas, capitalistas e torcedores do time adversário. Mesmo quem não gosta da ribalta, como eu, terá que sair dos bastidores e enfrentar os holofotes. A senhora que gosta de uma farra, não enfrentará problemas, já eu...

Quanto aos apelos ecológicos, tenho sido uma voz solitária e esquisofrênica, em uma cidade de caipiras metidos a cosmopolitas. Eles não querem saber, querem seus prazeres e querem já. Mas se não houver mais ninguém por quem manter meu corportamento, o manterei por minha causa mesmo. Pelo menos para não ceder à tentação do "Ah, é a cultura deles, deixa" ou "Fica lá longe e não tenho nada a ver com isso". Meu suado dinheirinho fica no meu bolso mesmo. E a tática de comprar uma área no meio do caminho da pista é excelente, e justamente a que defendo; Em vez de chorar e reclamar que o governo não faz nada, vençamos os donos do jogo com suas próprias regras. Isto é estratégia, algo que os ruminantes só usam para encurralar quem não é da turma.

A conclusão é um resumo de teus lamentos. Eu pego no batente desde criança e não fiquei demente ou insociável por isto, foi por outros motivos. O facto é que o politicamente patético, que até foi uma boa idéia, está impondo um medo patológico do sofrimento. Ninguém quer sofrer por motivo algum, ninguém quer ver sofrimento do que lhe for simpático. Em vez de investigar gente que deveria ser investigada, alguns promotores se rendem à luz fácil da mídia sensacionalista. Teremos ainda duas ou três encarnações para reverter os equívocos dessa ideologia. Humanos terrestres ainda são como o aço, precisam do fogo e da forja para poderem fazer parte de uma estrutura, mas há gente achando (e se perdendo) que falra de alegria é igual à infelicidade, portanto deve ser evitara a qualquer custo.

Para não dizerem que só falei de espinhos, estou com planos para umas boas mudanças que há bem pouco tempo eram impensáveis, pelo que espero desencadear mais mudanças, pois preciso urgente e urbicho.

Aqui me despeço, mas não me demito. Um abraço com cheiro de terra molhada.

De teu amigo Nanael Soubaim.

Sejam doces os frutos de tua colheita.

Só o amor vale a pena

5 comentários:

Victor disse...

Olá Eddie e lobos,leitores deste blog.
Vim aqui também concordar com o nossa amigo Nanael,sempre estudei em escola particular,mas esse ano as coisas aqui em casa apertaram,resultado,tive de ir a escola pública,modéstia parte,era um dos melhores alunos da escola particular,quando cheguei na escola pública vi um total descaso com quem esta interessado,com quem esta comprometido em querer algo mais em sua vida.Tirei notas altas no boletim,porém quem nunca vai na escola,foi uma ou duas vezes até agora,vem com tudo 5.
Ai penso comigo mesmo,será que valeu apena todo o meu esforço?
E digo sim,quero sair de lá o mais rápido possível.Para complementar os meus estudos,comecei a pegar livros na biblioteca,do ano seguinte e estudar.
Ajudo,muitas alunos que tem "medo" dos professores em perguntar algo.
Para finalizar,pois já esta ficando muito grande.
Custei a entender,mais chego até a agradecer por ter ido na escola pública,vi a realidade,estou vivendo a realidade.Foi útil para fortalecer o meu caráter.
Obrigado A todos!
Beijos Eddie

Eddie disse...

Oi, Victor! Nossa! Fico feliz que você usou o que muitos achariam um revés ao seu favor e ao favor de muitos. Estamos onde deveríamos estar. Isso pra mim não quer dizer comodismo, mas que devemos fazer melhor onde quer que estejamos, pois deve ter um motivo para estarmos ali. Você está fazendo um grande trabalho ajudando seus amigos e visando melhorar por conta própria, sem ficar esperando alguém fazer por você. Parabéns! É uma grande honra e alegria pra mim ter um leitor como você! Beijos!

Pedro Thiago disse...

Queria Eddie Van Feu, sou de manaus, e queria dizer que tudo que você falou esta certo, eu aqui sou como um eco-chato, o certinho que não joga lixo no chão, que economiza energia e agua, que é vegetariano por frescura (amar os animais).
Em alguns momentos sinto vontade de pegar a cabeça de cada um aqui em manaus, bater na parede pra ver se elas voltam a funcionar.
Vivo sobre o lema "faço a minha parte porque faço parte de tudo" que li em uma certa revista que mudou a minha vida.
Fico triste em ver que minha cidade suja e formada por pessoas que na sua maioria diz: "não é meu problema"
O que poderia eu fazer pra mudar essa realidade?
Beijos Guerreira do arco-íris

Nanael Soubaim disse...

Thiago, meu filho, não faça isto. O tiro sai invariávelmente pela culatra. Gente cega é hábil em deturpar a verdade em seu favor, não importa a que custos. Faça como o amigo Victor, ajude a aumentar o contingente da casta dos pensantes, nós precisaremos. E uma dica, as indústrias importam lixo porque a reciclagem no Brasil ainda é muito débil. Organize-se com simpatizantes e faça de tua ideologia um ganha-pão. Apenas faça isso e execute tua missão do jeito que gostarias de ver os outros executando as suas.

Lilly Rose disse...

Boa Tarde Querida Eddie !!!

Hoje venho cá reencontrar de outra forma o Mundo de Eddie. Sim reencontrar, pois de muito já mergulhei neste fascinante Portal de Magia junto a teu belo sorriso e talento, através de teus Livros.

Adorei o texto " De volta às Terras Amazonenses "

Passei também lá pelo Alcatéia e vou tentar fazer o Pudim da Lua Cheia. Humm... deu-nos água na boca pois cá em casa minha Elfarada é boa de garfo, principalmente de Doces.

Beijos Querida Eddie, uma Semana Iluminada para ti! Ahhh vi o Jack Sparrow no Avalon !! É, este Piratinha é do Reino Etérico mesmo russs.

Aromas de Rosas...

Lilly Rose