- Aquele ali é o tio Dirlan???
Minha mãe duvidou.
- Não, não deve ser ele não...
Eu berrei da janela:
- TIO DIRLAAAAAN!!!!
E aquele homem de saia, blusinha curta, flores do cabelo e uma latinha de cerveja na mão me olhou, abriu um sorrisão e acenou freneticamente. Nós rimos e ficamos acenando para ele até o bloco sumir.
Hoje o dia começou com uma notícia triste. Meu tio Dirlan, irmão do meu pai, fez a passagem e partiu para uma nova fase do caminho. A tristeza recai sobre nós com o peso de uma ausência. Não nos víamos muito nos últimos anos... Mas doeu assim mesmo. A certeza da ausência dói. Porém, basta lembrar que ele era uma das pessoas mais bem humoradas que já conheci e que era impossível estar ao lado dele sem dar boas gargalhadas. A morte, como sabemos, é só um intervalo, e logo nos veremos de novo. Fica a saudade, mas, em homenagem a ele, que sempre achava graça em tudo, eu me recuso a ficar triste. Deixo as lágrimas caírem, porque ninguém é de ferro, mas me lembro dos momentos que tivemos e acrescendo um sorriso. Mais do que lamentar o tempo que não tivemos, agradeço com o coração cheio de alegria pela oportunidade de tê-lo conhecido.
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