terça-feira, 19 de novembro de 2019

CAPÍTULOS INÉDITOS DE LIVRO INÉDITO PRA VOCÊ!

por Eddie Van Feu

Consegui finalmente dar start no projeto de enviar os capítulos inéditos do livro que estou escrevendo para os leitores que quiserem ler. A cada capítulo, segue também qual o desafio que senti ao escrever. Se você quiser receber, é só se inscrever no www.circulodefantasia.com

E se eu quisesse, não teria conseguido fazer tanta rima num texto tão pequeno! KKKKK

Crônicas de Leemyar Vol. 4 - Os Ventos da Guerra

O Desafio do Capítulo 1

Acho que todo autor deve encontrar um desafio em começar uma obra. No meu caso, eu começo muito fácil e muito rápido, mas quando o livro é continuação direta de outro, como este, é mais difícil. Eu preciso escolher onde a câmera estará, e quais personagens ela vai acompanhar. Preciso dar um resumo para que o leitor se lembre do que aconteceu, sem entregar muito ou explicar demais, pra não ficar repetitivo. Eu preciso pensar no leitor que leu o livro anterior há um ou dois anos, e no leitor que acabou de ler. Eu me lembro que quando li Jogos Vorazes, achei muito repetitivo e didático como as coisas eram constantemente repetidas, como se eu não tivesse entendido da primeira vez. Mas ela, a autora, estava pensando em quem levou algum tempo entre um livro e outro, enquanto eu já li direto, pois ganhei os três livros de uma vez.

O primeiro capítulo é sempre um desafio enorme! Tem que refrescar a memória do leitor, sem ser repetitivo. Tem que ser interessante e prender a atenção do leitor com algo novo. E tem que respeitar o estado de espírito dos personagens.

Você já deve saber que essa série é baseada em jogos de RPG que tivemos há muitos anos. Tivemos o bom senso de escrever as resenhas de cada jogo (porque achávamos muito legal). O problema é que as resenhas nem sempre faziam sentido, e muitas vezes eu, como jogadora, simplesmente esquecia o que tinha acontecido no jogo anterior, quem estava brigado com quem, quem estava deprimido, etc. E são essas coisas que eu tenho que consertar ao escrever, erros que não posso cometer de jeito nenhum, porque jogo é jogo, livro é livro.


sábado, 2 de novembro de 2019

Para todos aqueles que perderam alguém

Hoje eu gostaria de falar com você que perdeu alguém. Mas se você não perdeu ninguém ainda, pode ler também.

Somos todos perdedores. Perdedores porque perdemos pessoas pela vida. E precisamos aprender a lidar com isso. Perdemos pais, avós, amigos, filhos, cachorros, gatos, companheiros de estrada que em algum momento, fazem a curva e somem de nossas vistas. E cada um deles, sem exceção, leva um pedacinho de nós. E deixa um pedacinho deles.
Hoje é dia de saudade. Dia de lembrar com carinho dos que já fizeram a curva. Eles estão em outro lugar, também se lembrando de nós. Lembremos que para quem parte é mais difícil ainda. Nós perdemos alguém. Eles perderam todos ao mesmo tempo. Morrer também é um momento de despedida para eles e a saudade é real também para eles, mesmo que o lugar seja ótimo.
Então, o que fazer com essa saudade que dói, que pulsa, que faz os olhos se encherem d’água de repente? Sinta. Só isso. Deixe que a saudade chegue, te abrace e te console. Saudade é pra isso mesmo. É pra sentir. Quando perdemos alguém, não perdemos só a pessoa. Perdemos o tempo que poderíamos passar com ela. Temos que viver do tempo que já tivemos. Então, ao invés de lamentar pelo tempo que não teremos, vamos celebrar o tempo que tivemos. Vamos relembrar com carinho. Vamos ser gratos. Você teve um tempo com essa pessoa. De milhões de lugares, você teve a sorte de estar vivo no mesmo momento que ela.
Então, façamos um brinde! Nós, perdedores de coração partido, ergamos nossas taças, nossos copos rachados e sejamos gratos! Pelo tempo que tivemos, pelo amor que compartilhamos, pelas histórias que vivemos e pelas que agora contamos. E, mais do que isso, vamos erguer nossas taças e copos, rachados ou não, porque temos a certeza de que depois dessa curva há um vale de flores e árvores verdejantes, com uma mesa gigante rodeada de amigos de todas as vidas. E um dia nós estaremos lá, numa festa de reencontro. Até lá, façamos por merecer e vivamos com a saudade, essa visita de beleza agridoce, que hora é a fumaça de um incenso, hora a ponta de um punhal.

Eddie Van Feu, 02/11/2019